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Medalha Rui Barbosa

No dia 8 de novembro de 2016 o arquiteto Jorge Astorga foi agraciado com a Medalha Rui Barbosa. A cerimônia de entrega ocorreu na Casa de Rui Barbosa ocorreu na comemoração do Dia da Cultura, celebrado no Brasil no dia 5 de novembro, aniversário de Rui Barbosa

A medalha é conferida anualmente pela Casa de Rui Barbosa àqueles que se destacaram na contribuição ao enriquecimento da cultura do país. Também receberam a medalha: deputado Jean Wyllys, deputado Alessandro Molon, Cândido Feliciano Neto (Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro), Deborah Rebello Lima (consultora em Políticas Culturais da FCRB), Nísia Trindade Lima (Fiocruz), Rafaela Maria Bastos Barreto (passista e consultora de projetos relacionados ao Carnaval), além de servidores da Fundação.

Colocamos aqui o texto escrito por Jorge Astorga em agradecimento à honraria:

Agradecimento ao Ministério da Cultura e à Fundação Casa de Rui Barbosa


Hoje 8 de novembro, recebi a Medalha Comemorativa dos 80 anos do Museu Casa de Rui Barbosa, e escrevo para agradecer por esta tarde junto a equipe da casa, outros homenageados e colegas.


Esta homenagem me fez recordar ainda no curso de arquitetura da UFF, aluno de Cyro Correa Lyra, Margareth Pereira e Maria Laís Pereira da Silva, estagiário em restauração no Edifício Almirante Tamandaré da Marinha e no Convento de Santa Teresa, este fiscalizado por Thays Pessotto Zugliani do IPHAN.

Já formado em 1996 trabalhava com restauração no Consulado de Portugal na Rua São Clemente, Museu do Índio na Rua das Palmeiras, Casa de Visitas da Light (Complexo de Lajes em Pirai) dentre outros. Participei do Concurso do Mercado do Ver-o-Peso com Flavio Ferreira, Cândido Campos, Washington Fajardo, Pedro Rivera e Rodrigo Azevedo, e segui preparando novos projetos para a Igreja da Saúde, Igreja de Bom Jesus da Coluna, Igreja da Candelária e Igreja de Monserrate no Mosteiro de São Bento.

Seguiram-se outros projetos e em 2006 passados dez anos, me candidatei para uma bolsa de pesquisa na Casa de Rui Barbosa. Na entrevista, com Ana Pessoa e Mauricio Siqueira, contei sobre a ideia de criar uma fundação algum dia. Selecionado, me juntei a equipe do Centro de Memória e Informação (CMI) e lá conheci Claudia Carvalho e outros bolsistas, a equipe do Museu de Jurema Seckler, a equipe do Arquivo e do Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos Gráficos (LACRE).

Conhecemos na íntegra o Museu Casa de Rui Barbosa e o projeto de Conservação Preventiva desenvolvido por Claudia e a equipe do Getty Institute. Nos focamos nas coberturas com o apoio dos funcionários e do Senhor Édio Barcelos. Estudamos a fundo os textos de Cesare Brandi, Beatriz Mugayar Kühl e as orientações de Claudia. Pesquisamos e aprendemos na prática vendo a conservação se concretizar aos poucos, observando fichas, datalog's, medindo e desenhando. Nesta época se planejava a restauração das fachadas do Museu e o projeto de um anexo.Aprendemos sobre o Jardim Histórico de Rui que todos usam e amam, mesmo sem poder pisar na grama.

Depois fiz o mestrado e continuei na área de restauração, auxiliei na fundação do CICOP Brasil, me filiei ao ICOMOS e me tornei professor na graduação e na restauração.

Hoje (2016), dez anos depois, os sonhos se tornaram realidade. O jardim histórico e as fachadas do Museu se finalizam e serão entregues aos pesquisadores e visitantes.

A Fundação Casa de Rui Barbosa é realmente uma escola e suas equipes são os mestres.

Agradeço pelas oportunidades e o aprendizado, bem como a todos os funcionários que sempre são gentis com seus visitantes.

Costumo dizer que a restauração é como uma máquina do tempo, onde colocamos uma obra escolhida para viajar até o futuro.

Lá, outros poderão encontra-la e usufruir dela.


Muito Obrigado

Jorge Astorga Garro

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